Resenha - Tartarugas até lá embaixo

Tartarugas até lá embaixo, John Green
Editora Intrínseca, 2017





#Sinopse: A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto tenta lidar com o próprio transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, distúrbio mental que o afeta desde a infância –, “Tartarugas Até Lá Embaixo” tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.



"Eu odiava meu corpo. Ele me dava nojo – os pelos, o suor, a magreza.
A pele esticada cobrindo o esqueleto, um cadáver com vida. Queria sair –
do meu corpo, dos meus pensamentos, sair –, mas estava
presa naquela coisa, exatamente como todas as bactérias
que me colonizavam."


#Opinião: O que você faria se tivesse que conviver com pensamentos incontroláveis e que te fazem agir e tomar decisões sem que você realmente quisesse tomá-las? É assim para Aza, que convive com seu transtorno obssessivo-compulsivo diariamente. 

 Confesso que a sinopse desse livro me enganou e achei que leria uma aventura, mas não é a isso que John nos leva. Uma história sobre amizade, primeiros amores, superações e lutas diárias. 

 A todo momento somos levados aos pensamentos que atormentam a adolescente, e acompanhamos a luta dentro da mente dela pela libertação daqueles pensamentos que se infiltram sem permissão e sem pedir licença. Nos conectamos com a protagonista que é cativante e muito bem construída. 

 Aza e Daisy, sua melhor amiga, estão atrás de uma recompensa em dinheiro, mas no meio dessa jornada talvez elas encontrem outro tipo de recompensa, uma muito mais valiosa. Falando na Daisy, ela é uma personagem muito real, muito humana. Ela sofre junto com a amiga, porque é difícil pra quem sofre da doença, mas também pra quem acompanha do lado de fora. 

 John novamente trouxe uma história bonita e com a sua leveza característica. Um livro que enchi de marcações. Aquelas citações que tocam quem lê. 


"–Você dá poder demais aos seus pensamentos, Aza. São apenas pensamentos. Eles não são você. Você pertence a si mesma, mesmo quando seus pensamentos não pertencem."

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